Lideranças concluíram curso e receberam seus certificados |
A junção de duas
tecnologias sociais culminou em festa na tarde desta terça, 17, em João Pessoa:
esta foi a data do encerramento do Curso Mecanismos Legais de Direito,
promovido pelo projeto Juntos pelo Desenvolvimento, em Defesa dos Direitos, com
a assessoria da Fundação Margarida Maria Alves. O curso capacitou 35 lideranças
comunitárias de João Pessoa, Bayeux e Sapé, que agora estão mais empoderadas
para conquistarem os direitos de suas comunidades. O curso foi realizado em 33
horas de aulas sobre a Constituição, os principais direitos e a estrutura do
Poder Judiciário, ao longo de cinco meses de encontros quinzenais.
Veja fotos do encerramento do curso.
Veja fotos do encerramento do curso.
A capacitação foi
realizada como uma versão reduzida do Curso de Formação de Juristas Populares,
promovido pela Fundação e certificado como tecnologia social pela Fundação
Banco do Brasil (FBB) em 2005. Somando-se a isso, a ação reuniu pessoas que já
são membros de comissões de advocacy, metodologia de incidência política utilizada
pela Concern Universal Brasil e seus parceiros e que também foi certificada
como tecnologia social, em 2011. A Paraíba conta com outras dez tecnologias
sociais certificadas.
De acordo com a
própria FBB, tecnologia social compreende produtos,
técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a
comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social. É um
conceito que remete para uma proposta inovadora de desenvolvimento,
considerando a participação coletiva no processo de organização,
desenvolvimento e implementação.
Para a educadora da
Pastoral do Menor Andrezza Ribeiro, mesmo tendo sido realizado em um tempo
curto, o curso ajudou muito por permitir conhecer os mecanismos legais de
participação e de acesso aos direitos. “Antes a gente servia de bolinha de ping
pong nos espaços de poder, que ficavam jogando a gente de um lado para outro
sem saber quem realmente resolvia cada problema. Agora nós sabemos qual o papel
deles e isso vai servir muito pra melhorar nosso diálogo com o poder público”,
acredita.
O conhecimento e a
possibilidade de ajudar suas comunidades também foram apontados como conquistas
do processo formativo. Para Juracy Mesquita, 64 anos, moradora do Roger, a
grande surpresa foi ter tido esta oportunidade a esta altura da vida. “Perto
dos 65 anos, recebi um aprendizado que eu nem esperava, mas agora vou poder
ajudar mais minha comunidade”, promete. Já Josileide Gomes, 18 anos, de Sapé,
destaca que o curso vai ajudar muito no seu futuro, além de “ter informações
que vão poder ajudar outras pessoas da vizinhança”.
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